terça-feira, 20 de setembro de 2011

Se desfazendo dos nossos monstros


Todos temos um monstro ou um fantasma dentro de nos, que não gostamos, então, criamos um sistema de segurança para não notar. Mantemos o monstro Agarrado para que não saia ou vá. Mas às vezes o sistema de segurança falha e o monstro entra, e ai ficamos expostos. Às vezes, isso que tanto queremos esconder está à mostra e estamos envergonhados. Nos sentimos nus, pensamos que todos vêem o que realmente somos, e nós somos algo que odiamos. Como se houve-se um Mr. Hyde em nós, como se o verdadeiro eu fosse  outro, e isso é assustador. Temos medo que falhe o sistema de segurança, que o Mr. Hyde seja liberado e faça alguma loucura. Vivemos alertos, atentos, observando o monstro. E assim criamos mecanismos, defesas, nos isolamos, tudo para que esse suposto monstro não venha para a luz. Qualquer coisa que nos tira do lugar seguro nos dá medo. Nós dá medo o novo porque pode causar coisas desconhecidas. Odiamos nosso monstro, porque ele quer as mesmas coisas que nos assustam. Queremos esconder a todo custo essa parte de nós, esses desejos que nos tornam inquietos. São desejos que, supostamente, não teria que ter e nos esforçamos para reprimir. São desejos que nos dão a culpa e a vergonha. Desejos que são contrários à moral, que deve ser. Odiamos quando a paixão nos domina. Odiamos quando todo mundo vê o que queremos esconder. Odiamos falhas de segurança, estes buracos que nos despir e mostrar-nos as nossas misérias. Mas a verdade é que todos nós fazemos o mesmo, todos nós temos um monstro dentro de nos.Sabe o que fazer com isso? Rir dele. Ridiculariza-lo, perder o respeito e medo. Rindo das nossas coisas escuras. Aceitar quem somos, rir de nossos medos. Ridicularizar nossos fantasmas. Rindo alto de nossas misérias. Nos permite ser quem somos e querer o que queremos. Baixar as defesas, aceitar as falhas de segurança, e deixar que o Mr. Hyde saia, porque definitivamente, esse monstro é também quem somos.

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